O COURO CABELUDO SENSÍVEL – A COCEIRA, A IRRITAÇÃO E SEUS SIGNIFICADOS
Sinais de desconforto no couro cabeludo são um alerta para nós.
Algo não está indo bem!
Esse alerta pode vir de diferentes formas, e a mais comum é a coceira no couro cabeludo, que pode vir acompanhada de ardência ou sensibilidade.
Algumas situações favorecem o aparecimento desses sinais e sintomas, que nada mais são do que uma inflamação do couro cabeludo.
São desequilíbrios que podem vir tanto do meio interno (metabolismo) quanto do meio externo (meio ambiente), que quando vêm de forma intensa ou persistem por muito tempo, causam um impacto importante no ciclo capilar, predispondo à queda.
Isso acontece porque a inflamação muda toda a sinalização química, alterando a comunicação entre as moléculas e as células. É um efeito do tipo dominó. Dependendo da intensidade ou duração do desequilíbrio, pode levar à queda. O comando que, anteriormente, seria para continuar com o crescimento e desenvolvimento do fio é interrompido e o fio passa precocemente para a fase de queda. O cabelo cairá de forma intensa, antes de terminar seu ciclo de crescimento e desenvolvimento.
Situações de maior risco à inflamação do couro cabeludo (irritação e coceira)
Quem tem a pele mais seca, por conter menor teor de água e lipídios, e por consequência menor proteção, acaba sendo mais sensível a essas variações.
Outro tipo de pele que tende a sofrer mais, é a alérgica, por ter um desequilíbrio das células imunológicas e da flora natural da pele.
A oleosidade excessiva pele extremamente seborreica deixa o pH do couro cabeludo mais ácido, levando à irritação, coceira e formação de “caroços”, como dizem os pacientes.
Por terem as camadas da pele mais finas, menor compactação entre as células e por ser comum a deficiência imunológica, os idosos também sofrem com o problema. Já nas crianças acontece exatamente o contrário, pela imaturidade imunológica.
Pessoas com desequilíbrios metabólicos e/ou hormonais (resistência insulínica, síndrome ovário policístico, hiperandrogenismo, acidose, inflamação subclínica, dificuldade em eliminar toxinas e etc.) manifestam esses desequilíbrios através da inflamação do couro cabeludo.
Não poderia deixar de comentar que a inflamação no couro cabeludo pode ou não ser percebida pelo paciente. Por vezes, a única queixa pode ser a queda. Também pode ser assintomático (sem irritação ou coceira) e na maioria das vezes essa inflamação não é visível a olho nu. Conseguimos perceber apenas através do exame de tricoscopia, que é um microscópio portátil que utilizamos durante a consulta.
Atendi alguns casos menos comuns em que a inflamação era tão intensa que o couro cabeludo estava muito edemaciado e com intensa vermelhidão. O interessante é que tive 2 casos em que as pacientes nem sequer tinham percebido a gravidade da inflamação. Elas apenas comentavam: “Dra, estou sentindo apenas uma sensibilidade no couro, sinto um desconforto”.
Uma conclusão a que cheguei ao longo desses anos atendendo e tratando a inflamação do couro:
Na maior parte dos casos, os sinais e sintomas de inflamação (vermelhidão, ardência, edema e coceira) do couro cabeludo percebidos e relatados pelos pacientes são muito mais discretos e leves do que de fato percebemos ao examinar o couro cabeludo através do exame físico e tricoscopia.
O tratamento depende da causa. A melhora depende da eliminação dos fatores que pioram a inflamação. Água quente nunca! Precisamos mudar a rotina dos cosméticos.
No tratamento, podem ser utilizados ativos calmantes e cicatrizantes bem como fitoterápicos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Espero que tenham gostado e até a próxima! 🙂
E se conhece alguém que esteja passando por isso, compartilhe.
Instagram: @folyic_tratamento_capilar
Facebook: Folyic Tratamento Capilar