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DERMATITE DE CONTATO – IRRITATIVA E ALÉRGICA

QUANDO SUSPEITAR E INICIAR O DIAGNOSTICO PRECOCE.

Recentemente, ministrei uma aula pela Association International of Trichologists sobre manifestações do couro cabeludo e um dos assuntos abordados com nossos alunos foi sobre os tipos de dermatite de contato e suas diferenças clínicas, os exames complementares para investigação e conduta em cada um dos casos. Achei que seria útil falar um pouco para vocês sobre este tema tão importante já que muitas pessoas acabam tendo o diagnóstico após anos de iniciarem os sintomas. Quando diagnosticado de forma precoce, evitamos as formas clínicas mais graves bem como a frequência das crises.

Quais os principais tipos de Dermatite de Contato?

Temos várias, mas as mais comuns são a Dermatite de Contato Irritativa Primária e a Dermatite de Contato Alérgica. Vamos falar das características de cada uma delas.

Dermatite de Contato Irritativa Primária:

  • Mais comum
  • Inflamação da pele não alérgica  (participação do sistema imune)
  • 60% das dermatites ocupacionais (dona de casa, diarista e etc)
  • Causada por agentes irritantes (pH muito alto ou muito baixo) em contato com a pele.
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Mecanismo de ação da Dermatite de Contato Irritante Primário

Dermatite de Contato Alérgica:

  • Inflamação pele e/ou couro cabeludo de origem alérgica (sistema imune)
  • Pode ocorrer após meses ou anos em contato com o cosmético
  • Pode acometer locais a distância de onde houve o contato
  • Lesões sem dermacação muito nítida.
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Teste de Alergia a cosméticos e outras substâncias.

Como suspeitar?

O diagnóstico nas fases iniciais e a diferença entre elas não é muito fácil e depende de uma anamnese (coleta de dados e informações da história clínica) e exame físico muito bem detalhados. Caso tenha algum dos sinais ou sintomas abaixo, converse com seu médico sobre sua suspeita. Ele irá te ajudar a confirmar ou excluir o diagnóstico. Lembrando que nem toda inflamação ou irritação na pele ou couro significa alergia!!!

  • Prurido (coceira) na pele e/ou couro cabeludo.
  • Eritema (vermelhidão) na pele e/ou couro cabeludo
  • Queimação ou dor na pele e/ou couro cabeludo
  • Descamação na pele e/ou couro cabeludo
  • Sensibilidade aumentada na pele e/ou couro cabeludo.

O dermatologista e/ou tricologista após o exame clínico pode optar por pedir alguns exames complementares. Exames de sangue, testes alérgicos a cosméticos capilares, unhas e pele e outras substâncias que o paciente pode vir ter o contato. Se houver suspeita de alopecia cicatricial  (casos crônicos), a biópsia da pele ou couro cabeludo pode ser necessária.

Muito importante lembrar que mesmo os testes alérgicos podem dar falso positivo ou falso negativo. A indicação correta (técnica e momento da coleta) são importantes para evitar os erros laboratoriais. A interpretação do exame e as orientações devem ser realizadas pelo médico.

Um conselho: O teste de alergia a cosméticos sozinho não faz diagnóstico. Os dados clínicos devem ser também levados em consideração.

O tricologista deve te orientar sobre as medidas de prevenção, cuidados diários, escolha dos cosméticos, colorações, dermoscosméticos específicos para você. Laser de baixa potência, ativos fitoterápicos com propriedades calmantes contribuem com o tratamento medicamentoso.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS:

  • Atlas de Dermatologia – da Semiologia ao diagnóstico, Luna Azulay.
  • Ativos Dermatológicos, Valéria Maria e Daniel Antunes.
  • Apostilas da Intern. Assoc of Trichologists.

Escrito por,

The Legends Company

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