Ultimamente, muito se tem falado do termo “desintoxicação” em salões, spas, blogs, clínicas, etc., e o próprio nome acaba deixando bem explicado qual é a sua ação. Desintoxicação Capilar é um tratamento que visa livrar o organismo dos efeitos de uma substância tóxica que pode estar proporcionando o desequilíbrio de um local específico; e claro, vamos nos ater ao couro cabeludo.
Quem precisa fazer desintoxicação capilar (do couro cabeludo)?
Acredito que poderei responder à esta questão por meio de uma expressão cujo autor desconheço, mas que certamente compartilho de sua opinião: “Somos seres individuais e nem tudo que poderá ser benéfico para um, deve-se projetar ao outro”. É necessário deixar bem claro que, antes de se tomar quaisquer medidas de tratamento para o couro cabeludo, deve-se escolher um profissional especializado para avaliar a necessidade, o objetivo, a quantidade de produto, a frequência e o tempo do tratamento bem como a técnica a ser utilizada.
Temos disponíveis no mercado, ativos com funções diferentes, aparelhos e técnicas diversas que auxiliam no processo de reequílibrio do couro cabeludo. Dentro do procedimento chamado “detox” podemos ter associações com:
- Argilas: Roxa, verde, branca, amarela, vermelha e preta. Removem ou diminuem a caspa, a oleosidade e resíduos, favorecendo a troca de íons;
- Águas Termais: Ricas em íons e minerais;
- Óleos Vegetais: “Gorduras boas” com propriedades emolientes e nutritivas para o manto hidrolipídico da pele;
- Óleos Essenciais: Ativos retirados de plantas com propriedades terapêuticas específicas (bactericidas, fungicidas, vasodilatadoras, cicatrizantes e etc.) que devem ser diluídos antes do contato direto com a pele já que são altamente concentrados e podem causar irritações. Além disso, podem ser associados à eletroterapia que se utiliza de aparelho específico, o qual possui uma corrente elétrica, podendo o responsável controlar a sua intensidade. Este procedimento tem como objetivo, efeito calmante, descongestionante, vasodilatador, hidratante e cicatrizante.
Precauções no uso da Argila
O tratamento do couro com argilas, pode ser útil nos casos de dermatites (inflamações) do couro cabeludo, dermatite seborreica (inflamação ocasionada por secreção oleosa, ou com descamação ou com a presença de placas), caspa, seborréia (excesso de oleosidade), foliculites (“acnes” do couro cabeludo).
Os principais cuidados e precauções, seriam na utilização das ferramentas. Ou seja, para se desenvolver um protocolo, são necessários conhecimentos básicos de cada um dos ativos citados ao longo do texto. Além disso, o uso exagerado desses ativos, pode ter “efeitos rebotes” que acabam por piorar o quadro, retardando a melhora da disfunção. Um exemplo disso é a caspa seca: se a argila (principalmente a verde) for utilizada em demasia há a possibilidade do ressecamento ser potencializado, o que colaborará para aumentar ainda mais a descamação. O bom profissional deve sempre estar atento a vários detalhes técnicos para evitar esse tipo de situação a qual na verdade é muito frequente nos serviços de terapia capilar!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Robbinson, A.J. e Snyder-Mackler, L. Eletrofisiologia Clínica. 2a. ed. Ed. Armed. Porto Alegre. 2001
- Soriano, M.C.D., Pérez, S.C. & Baqués, M.I.Eletroestética Professional Aplicada. 1a. ed. Sorisa. 2000
- Amaral. F. Manual Técnico Aromaterapia Aplicações de Óleos Essenciais. 2a. ed. WNF Word’s Natural Fragrancies -Óleos Naturais. 2015
- CORRÊA, Marcos Antônio. Cosmetologia ciência e técnica, 1a. edição. São Paulo. 2012